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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conflitos agrários no AM são temas de audiência em Brasília

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labrea
Os conflitos agrários no Sul do Amazonas serão tema de uma audiência pública, na próxima terça-feira (19), na Câmara dos Deputados, em Brasília, ocasião em que será cobrado do poder público soluções para o caso. A audiência está prevista para acontecer a partir das 14 h (horário de Brasília), no plenário 11, do anexo 2. A audiência será conjunta entre as Comissões de Direitos Humanos e Minorias e da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.


 “A discussão que se trava na Rio+20 passa pela garantia dos direitos fundamentais das populações tradicionais e dos assentados da reforma agrária que usam os recursos naturais cuidando da natureza. O poder público precisa agir para garantir os direitos humanos e a preservação do meio ambiente, punindo os que os violam. Não haverá sustentabilidade se o Estado não fizer sua parte e não estabelecer o equilíbrio”, afirma a deputada Janete Capiberibe (PSB/AP), proponente do debate.



Segundo ela, é urgente a ação do poder público para garantir a legalidade fundiária, o direito a vida e à sobrevivência das lideranças locais e dos lavradores, ribeirinhos e extrativistas, consolidando a presença do estado brasileiro na região.



Para a audiência pública conjunta estão sendo aguardados o Ministro da Justiça, José Eduardo; o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Celso Lisboa de Lacerda; a líder camponesa da Associação Deus Proverá Nilcilene Miguel de Lima; a coordenadora da Comissão Pastoral da Terra, no Amazonas (CPT-AM), Francisneide Lourenço; a secretária do Patrimônio da União, Paula Maria Motta Lara e representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.



Motivos

A audiência pública foi motivada pelos crimes cometidos por grileiros e madeireiros que pretendem expulsar os posseiros, lavradores, ribeirinhos e extrativistas dos lotes de terras públicas, como as várzeas ou áreas griladas.



Lavradores e suas famílias são retirados à força das suas casas, queimadas junto com as plantações; animais são roubados pelos jagunços que ameaçam, agridem e matam os que se opõem aos grileiros e denunciam a ação dos madeireiros. O desmatamento ocorre sem qualquer fiscalização ou punição pelo poder público. Quem denuncia corre o risco de ser morto.



Desde 2007, sete pessoas foram mortas por denunciarem os crimes ambientais e de propriedade da terra no município de Lábrea, no sul do Amazonas.



Em torno de 800 famílias de lavradores, seringueiros e catadores de castanha do programa Terra Legal ou moradores dos assentamentos Gedeão e o Curuquetê – cujo líder Adelino Ramos foi assassinado em 2011 – seguem ameaçadas em seus lotes, junto com a floresta, vítimas da retirada ilegal de madeira, da grilagem de terras e da ausência do Estado brasileiro.



Em Boca do Acre, também no Amazonas, duas casas de extrativistas foram queimadas na última semana de abril.



Mais de 100 famílias foram expulsas por 40 policiais e 40 jagunços contratados pela suposta proprietária dos 5.202 hectares do Seringal Macapá, reivindicados com o título de posse de outra área, o Seringal Granada, contaram os lavradores.



“Saímos de lá só com a roupa do corpo. Durante sete meses, as crianças choravam de fome e dormíamos no chão, com os cachorros. Isso não é vida prá ninguém”, disse Everaldo de Melo, presidente da associação.



Recentemente, os trabalhadores voltaram aos lotes de 50 hectares que ocupam há mais de sete anos. Eles relatam crimes idênticos também nos municípios de Manicoré e Humaitá, onde servidores da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) foram ameaçados e não puderam cadastrar os lotes dos lavradores e ribeirinhos, numa demonstração de quanto o Estado precisa ser fortalecido na região.


Fonte:
Conflitos agrários no AM são temas de audiência em Brasília. Disponível em: http://portaldopurus.com.br/index.php/boca-do-acre-2/6456-conflitos-agrarios-no-am-sao-temas-de-audiencia-em-brasilia 

Poderá ler esta notícia também em:
http://crabastosbrasil.blogspot.com.br/2012/06/conflitos-agrarios-no-am-sao-temas-de.html

Leia também outras notícias relacionadas:

Audiência cobrou soluções para os conflitos agrários na Amazônia ...
Segundo a Pastoral da Terra, em 2011 foram registrados mais de 1.300 confrontos entre trabalhadores rurais.
g1.globo.com/am/amazonas/bom-dia.../t/.../2002990/
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Uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, cobrou soluções para os conflitos agrários na Amazônia. O encontrou tratou dos crimes ...
www.emprestimoonline.com.br/.../audiencia-cobra-soluc-es-pa...

MAIS ALTO DO QUE asas de uma borboleta


(Espiritualidade Fascículo 17 de setembro / outubro 2011 Dominicana Publicações Dublin)


Os poderosos podem Matar UMA, OU Duas com eu Tres Rosas, Mas Jamais poderão deter uma primavera

Aqueles que têm poder podem matar uma, duas ou até três rosas, mas nunca será capaz de destruir primavera


A MATANÇA CORUMBIARIA, Rondônia
09 de agosto de 1995

A lista de eventos cruciais que compõem o massacre Corumbiaria segue. Um relato mais completo pode ser encontrado em: http://www.amnesty.org/fr/library/asset/AMR19/001/1998/fr/72568f9e-e83c-11dd-bca7-eb90848b856c/amr190011998en.html




TERÇA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2011 16 anos do massacre de Corumbiaria: uma ferida aberta no coração da Amazônia! Por Ninfeia G Poeta de Belémwww.reflexoesemversos.com.br
Claudemir Gilberto Ramos, com Cícero Neto, foram julgados e condenados, em 2005, pela morte de dois policiais militares durante o evento conhecido como o Massacre de Corumbiara, ocorrido em 9 de agosto de 1995, na cidade de mesmo nome, no Estado de Rondônia; Claudemir foi além condenado e enviado para a prisão sob a acusação de ter falsamente preso dos camponeses no interior da área de ocupação onde os incidentes ocorreram, na fazenda Santa Elina.
O abate de Corumbiaria ocorreu há 16 anos.
O que aconteceu naquela madrugada de 9 de Agosto de todos esses anos é de importância; não apenas dois policiais militares morrem, mas, pelo menos 10 camponeses trabalhadoras (segundo dados oficiais). Os mortos também incluída uma criança de 6 anos. É de importância considerável que dois agricultores, que sobreviveram ao massacre, foram condenados cinco anos depois. Até o momento nenhuma menção foi feita do número de policiais militares considerados culpados da morte dos 10 agricultores e daquela criança.
É ainda mais importante que os mandantes dos assaltos, durante as primeiras horas da manhã, quando essas famílias de agricultores foram dormir (eram famílias que foram encontrados ocupando a fazenda) não foram relatados ou condenado por suas ações. Foi o governo que ordenou isso? Foram os fazendeiros locais (fazendeiros) que ordenaram que ele? Não nos esqueçamos de que as forças do Estado também estavam presentes neste momento.
Por que então condenar apenas estes dois camponeses, Claudemir e Cícero?
Embora seja preciso dizer que é Claudemir, depois de 23 anos de idade já era um líder do movimento, ou mais precisamente apenas um adulto, mas já carregando uma grande responsabilidade. Entre os trabalhadores rurais não há muito tempo para que os jovens desfrutem da sua juventude, o que existe é um monte de trabalho que precisa ser feito, para semear e colher, para sobreviver e sustentar sua própria família ea dos outros em sua comunidade. Não me cansarei de repetir que "o feijão eo arroz" vêm de pessoas que vivem na terra. A soja, o grão para exportação, é privilégio de quem pode ter naturais dietas saudáveis, eles são produtos que vendem para grandes preços nas prateleiras dos supermercados.
Então olhe, o que devemos fazer com ele, se no Brasil que ouvimos diariamente de pessoas em cargos públicos, envolvidos em toda sorte de irregularidades que ainda vemos indo e vindo, sem que ninguém a ser chateado com o que eles fizeram? E se, apesar de estudos a ser criado, essas pessoas com a sua influência pessoal e financeira pode ir em armar um robalo na lei, tendo punido duas pessoas que só lutaram por um pedaço de terra para trabalhar. O que estamos a pensar nisso quando um deles, Claudemir, também foi o tema da tortura durante os eventos que aconteceram?
Claudemir e Cícero viu todos os recursos, que tentaram acessar, negou-lhes. Claudemir, desde o abate de Corumbiaria, vive como um fugitivo da justiça. Ele tem um preço na cabeça daqueles que dirigem grandes fazendas. Ele não vai desistir de si mesmo e ir para a prisão porque ele sabe que ele foi criado como um bode expiatório e se ele estivesse na prisão, ele seria um alvo fácil de ser assassinado.
Dado que esses dois homens foram negados todos os meios judiciais de resolver estas dificuldades, por que não então pensar em recorrer a outra solução, que de anistia?
Anistia é o ato pelo qual o poder público, mas o poder legislativo especificamente, declara não punível em prol da sociedade, aqueles que, não importa quantas, que tenham cometido crimes e torna nulo de pleno direito os efeitos de qualquer condenação. Anistia enxuga a ferida eo que causou isso.
Propõe-se que os deputados e senadores tornar-se preparado para essa situação. Enquanto legisladores têm o poder de chegar a uma lei de amnistia para Claudemir e Cícero. Só a vontade política está faltando.
Springs: http://www.tj.ro.gov.br/ corumbiara/boletins/sentenca4.

Maio 2012 CORUMBIARIA: Amnesty International está extremamente preocupado com uma série de assassinatos brutais de lideranças rurais durante a semana passada.
Desde última terça-feira, 24 de maio, quatro pessoas foram mortos a tiros no Pará e Rondônia no que parecem ser assassinatos por encomenda, em três dos casos, as vítimas eram ativistas que haviam sido vítimas de ameaças de morte. Como a questão do desmatamento e desenvolvimento em larga escala na Amazônia vem à tona mais uma vez, dezenas de ativistas ambientais em toda a região continuam em risco.
Na terça-feira, 24 Maio, o ambiente ativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva foram mortos a tiros por dois homens armados depois de ter sido uma emboscada na ponte em Nova Ipixuna, estado do Pará. Segundo relatos de ONGs locais, um dos pistoleiros cortou a orelha de José Cláudio como prova do crime. Os assassinatos ocorreram dentro da reserva extrativista, onde trezentas famílias vivem colhendo castanhas e cultivar frutas tropicais. Um líder comunitário respeitado, José Cláudio, tinha frequentemente denunciado incursões na reserva por madeireiros ilegais e pecuaristas. Ele havia dito pouco antes de sua morte, que que por causa de sua defesa da floresta, ele foi viver com a ameaça de "uma bala na cabeça a qualquer momento".
Sexta-feira, 27 de Maio, líder rural, Adelino Ramos foi morto a tiros em Vista Alegre do Abunã, Rondônia. Um ativista do Movimento Camponês Corumbiara, Ramos também havia denunciado a exploração madeireira ilegal e recebido ameaças anteriores. Em um evento em Manaus em julho de 2010, disse à Ouvidoria Agrária Nacional (Ouvidor Agrário Nacional) e da Comissão de Combate à Violência Rural e Conflitos (Comissão de Combate à Violência e Conflitos no Campo), que temia por sua vida e passou a detalhes daqueles fazendo ameaças contra ele.
No sábado, 28 de Maio, Erenilto Pereira dos Santos um agricultor de 25 anos de idade, de uma mesma comunidade como José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva, e uma possível testemunha no caso deles, foi morto a tiros. A polícia está investigando agora se os três assassinatos são realmente assassinatos related.These ocorreu quando o Congresso aprovou alterações às leis do país de proteção das florestas - um movimento visto como enfraquecimento existentes controles ambientais. ONGs locais estão preocupados que essas mudanças irão gerar novos conflitos e violência rural, como pequenos proprietários e reservas extrativistas estão sob crescente pressão de madeireiros ilegais e fazendeiros.
A Amnistia Internacional congratula-se com movimentos iniciais do governo federal para criar um grupo de trabalho interministerial para analisar uma lista de 125 pessoas ameaçadas, elaborado pela Comissão Pastoral da Terra, (Comissão Pastoral da Terra). No entanto, muito mais precisa ser feito para evitar novas tragédias.
Longa história da região de impunidade e injustiça deve ser enfrentada. As autoridades, incluindo a agência ambiental federal, IBAMA, Polícia Federal, a Ouvidoria Agrária Nacional (Ouvidor Agrário Nacional), o Programa Nacional para a Protecção dos Defensores dos Direitos Humanos e do Estado serviços de segurança pública, devem trabalhar em conjunto, reunindo informações para investigar todos os ameaças e protegem as pessoas em risco. Os responsáveis ​​pelos assassinatos, incluindo aqueles que lhes ordenou, devem ser levados à justiça.
O sul do estado do Pará tem sido um ponto focal da violência rural, mas áreas de fronteira onde madeireiros ilegais e fazendeiros operam no Maranhão, Mato Grosso e Rondônia também têm uma história de conflito e violência rural. A falta de presença efectiva do Estado nessas áreas, e uma falta de vontade política para intervir, fez com que as elites rurais têm sido capazes de usar a força com a impunidade contra os ativistas ambientais e da terra.
A impunidade continua sendo um sério obstáculo. De acordo com a CPT, mais de 1.500 foram mortos na violência rural desde 1985, mas menos do que 100 pessoas foram condenadas. E só uma pessoa que ordenou uma matança - Vitalmiro Bastos de Moura para encomendar o assassinato da irmã Dorothy - está atualmente atrás das grades. Mais de 1.800 ativistas rurais receberam ameaças de morte durante a última década, dos quais 42 foram mortos, com mais 30 homicídios que sofrem tentativas.






Pe. Leo anúncio da morte de Dinho do
Eu estou tentando dar alguns detalhes sobre Adelino Ramos, sua vida e death.On a 27 de maio de 2011 Dinho entrou em seu carro velho com Eliane, sua esposa e duas filhas menores de 6 anos de idade. Eles dirigiram a pista intransitável para vender os seus produtos hortícolas, cerca de 70 KLS de Vista Alegre, em Rondônia sobre as fronteiras do estado do Amazonas. Ele foi ao supermercado e feira de rua e outros estabelecimentos. Pronto para o caminho de volta, Elaine disse esperar um minuto eu devo ir ao supermercado. Ela saiu do carro com a filha mais nova cerca de 4. Ela parou um segundo para pedir alguma coisa ou dizer algo para Dinho. No lado do passageiro notou um homem se aproximando, que era bem conhecido na área como um matador de aluguel, e, naturalmente, ela estava aterrorizada. A janela foi quebrada no outro lado do carro eo homem puxou a arma e disparou seis shots.He não disparou na cabeça de Dinho, ou coração, mas principalmente em sua stomack e partes inferiores também em seus braços, ele então afastou-se como ele estava acostumado a matar e ele sabia que seu chefão foi dar-lhe cobertura. Dinho conhecia o seu assassino como ele conhecia muitos bons e maus e mencionou o nome dele .... Ozias as autoridades sabiam seu nome, na terra onde Dinho e seu grupo foram que vivem de uma cerca de quatro haviam sido mortos nos últimos anos , lembro-me Francisco .. A vítima foi levada para o hospital mais próximo a cerca de 200 KLS para uma cidade chamada Extrema,,,,,,, um nome bem apropriado para os extremos da barbárie na luta trabalho para salvar as florestas tropicais e de terra firme. Dinho morreu no caminho, Deus resto ele e todos os que morreram na mesma semana com ele, na luta pela justiça e pela preservação da beleza de um país beautfull. Dinho foi trazido para a cidade de Porto Velho e do necrotério realizado exams.They não foram capazes de tirar todas as balas que eles não tinham os meios, como raios-x Eu acho que da forma como a bala rompeu-se em ele que eram "dums dum '. O corpo foi realmente poisened da minha opinião ignorante e uma vez que o assassino Profissional não ir para a cabeça eo coração, que queria deixar Dinho um inválido como um exemplo vivo de tudo para manter longe ... foi sua maneira de dizer deixar Amazonas para o "para as pessoas que querem alimentar a sua ganância e você pode ter certeza de que o Governo não vai fazer nada ou talvez condenm um grupo de inocentes como em Corumbiara (massacre 1995) onde o filho de Claudemir Dinho foi condenado como um bode expiatório e ainda é um fugitivo da "injustiça" Espero que alguém vai escrever a verdadeira história de Dinho, que é um exemplo, 37 ocupações de terra do Governo com 15.000 famílias assentadas. Eu gostaria de ouvir a sua reação e lembre-se o maior pecado de todos é "não fazer nada para que o mal cresça. O" wake "foi wached pelos assassinos e à hora do funeral marcado para 13 horas e foi adiada Eu me pergunto o que os quatro homens em um carro pequeno estavam fazendo com al as armas pesadas. Naturalmente, o disse à polícia que pegou eles estavam caçando e foram using.To caçar um tem que sair do carro, seja na floresta e usando rifles e tiro -metralhadoras e armas pesadas não. Eles foram capturados cerca de uma hora antes do enterro, o atraso pode ter ajudado a evitar algo que o poderia causar mais sofrimento ........ Obrigado Senhor



terça-feira, 19 de junho de 2012

DENUNCIA SOLICITAÇÃO DE DEFESA

TRABALHADORES URBANOS NA CATEGORIA  DE TELEMARKETING E DEMAIS CENTRAIS DE ATENDIMENTO,VIVEM UM GRANDE DILEMA,SOFREM TODOS OS TIPOS DE PRESSÃO E ASSÉDIO MORAL,BUSCAM APOIO ATRAVÉS DE SEU SINDICATO SINTRATEL MAS POUCAS OU RARÍSSIMAS VEZES OBTÉM RESPOSTAS OU RESULTADOS.MÃES QUE  SE FICAM COM FILHOS DE ACORDO COM  O ECA E DO PRÓPRIO COMPROMISSO DE MÃE TEM APENAS 1 DIA A CADA SEIS MESES SE O FILHO NECESSITAR MAIORES CUIDADOS E A MÃE  ACOMPANHA-LO OU A CRIANÇA FICAR INTERNADA É PRECISO AGENDAR COM O ORGANISMO DA CRIANÇA PARA QUE FIQUE DOENTE 2 VEZES AO ANO.ABSURDO.SEM EM CONTAR COM AS "MEDIDAS DISCIPLINARES" COMO ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO ALÉM DE DESCONTAR SEUS DIAS. A EMPRESA CSU CARDSYSTEM  CONTACT CENTER VEM SENDO CAMPEÃ DESTAS APLICAÇÕES BEM COMO DESCONTOS INDEVIDOS,FALTAS INEXISTENTES,ERROS QUE SOMENTE PAGA O OPERADOR QUE ALÉM DE SER EXPLORADO RECEBE MENOS DE UM SALÁRIO MÍNIMO OQUE NEM É PERMITIDO POR LEI.OS OPERADORES PEDEM SOCORRO E AUXILIO DE  QUEM  REALMENTE DEFENDA OS SEUS DIREITOS. MUITOS FORAM E SÃO FORÇADOS A SE DEMITIREM OU A EMPRESA CAVA JUSTA CAUSA PARA NÃO PAGAR DIREITOS TRABALHISTAS AO TRABALHADOR.A EMPRESA FOI ELEITA A MELHOR DO ANO DE 2011 POR RESULTADOS DE BONS FUNCIONÁRIOS E NÃO TEM SEU DEVIDO VALOR,MUITOS SÃO FORÇADOS A PEDIR DEMISSÃO OU A PRÓPRIA EMPRESA CAVA JUSTA CAUSA,OUTROS SE SUBMETEM  AOS ABUSOS DE PODER E COAÇÃO PARA NÃO SE PREJUDICAR  E TER A FAMOSA JUSTA CAUS PREJUDICANDO-SE PROFISSIONALMENTE. FICA A DICA:APROVAR LEIS QUE VERIFIQUEM MELHOR OS PRÓS E OS CONTRAS.APRENDEMOS A ENTENDER O PROBLEMA QUE O OUTRO VIVE QUANDO NOS COLOCAMOS EM SEU LUGAR.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Caros amigos e todos os de boa vontade. Apenas algumas linhas sobre a Amazônia, sobre os temas da Rio +20


Caros amigos e todos os de boa vontade. Apenas algumas linhas sobre a Amazônia, sobre os temas da Rio +20. Espero que isso irá ajudá-lo e muitos poderão assistir e participar no projecto muito importante que Clifton diocese, com a diocese de Bath e Wells está apresentando para todos em Bath no dia 16 de junho. Espero que gostem deste grande empreendimento eo nosso planeta Terra vai beneficiar a nossa participação Pe Leo

Brasil é um país grande, do tamanho dos Estados Unidos, sem Alaska.Amazonia não é só Brasil, mas nos 7.000 KLS quadrados, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa todos fazem parte deste terra única, mas a maior parte deste território é enorme no Brasil. Claro que todos os países têm a responsabilidade eo privilégio de se preservar e ser os jardineiros de parte tão importante do nosso planeta terra, na Amazônia e em outros lugares.
O grande rio que dá unidade à Amazônia (legal) é, naturalmente, a Amazônia, com seus diferentes nomes e abraçando as águas de tantos rios menores. O rio Madeira é um dos rios menores e para ir de Porto Velho para Manaus que durou três dias, parando apenas para reabastecer, com uma velocidade de 20 a 25 klms por hora, e nós viajamos apenas uma parte da river.We sabe muito bem que a Amazônia tem montanhas, como os Andes, até mesmo a água tem cores diferentes, com cachoeiras e longos trechos de águas correntes suaves de tantos países que preservam o peixe em suas profundezas, traz saúde para o povo do rio que todos nós queremos limpar as margens do gigante calmamente deslizando, e está lutando contra o envenenamento por mercúrio na mineração e destruição dos garimpeiros ávidos por ouro e petrolium. As águas cheias de vida desconhecida dar uma passagem livre para os enormes troncos que estão a destruir a sua vida e criar espaço para mais destruição no futuro próximo. 0 Amazon poderoso e delicado como é bom se você nos contar sua história. Sua memória de cerca de 500 anos atrás, quando 3 a 5 milhões de pessoas viviam em sua vida dando-terra, mas o estranho veio e devastado e violentada tantas belezas sob seus cuidados. Ninguém aprendeu, como o homem de hoje pensa que sabe tudo e continua a destruir por incineração, por herbicidas, fungicidas, mais terra para produzir menos alimento para o povo e para alimentar os animais finos de Casement countries.Roger outro quando cônsul britânico no Amazonas foi o protagonista dos direitos humanos no Brasil, quando ele denunciou a escravidão dos povos indígenas de Putumayo. Casement amizade com o botânico irlandês mais famoso da época, Agostinho Henry ainda é útil para todos nós em nossos esforços de preservação das plantas e ervas muitos dos quais eles nomeados. Eles chamaram muitos etc plantas novas e Casement estava consciente de que o potencial botânico da região era um recurso que tinha grande valor sustentável e de valor a longo prazo grande vale mais do que a economia extrativista, ou filibusting vegetal como Casement era um chamado it.Roger luz na Amazônia e, talvez, poderia ser uma grande ajuda para a ecologia ea humanidade. Ele denunciou o tráfico de escravos, que era um grande motivo para mover a indústria de borracha para Bornea. Há escravos nas minas e entre os madeireiros de madeira e devemos colocar o ser humano em primeiro lugar. Hans Kung tem uma Frase que me toca quando diz que nosso mundo moderno trouxe grande descoberta científica, mas não trouxe muita sabedoria. Basta ouvir as conversas e notícias de Bath 1/2012 Pe Leo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Memória da ditadura – Exclusivo: Dossiê aponta sevícias e assassinato de militante do PCBR 9/6/2012 20:17, Por Denise Assis - do Rio de Janeiro


PCBR
Detalhe do laudo cadavérico constante no processo que ainda não foi julgado
Ela nasceu no interior de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na cidade de Martins (região serrana do Estado), em 9 de julho do ano de 1945. Recebeu o nome de Anatália, uma espécie de equívoco ortográfico, que evidencia a pouca escolaridade dos pais, ou do tabelião. Coisas do interior, de um Brasil tão diverso e gigante, que quando se diz Natália no Sul, ecoa no Norte como Anatália e assim fica sendo.
Logo, quando tinha apenas cinco anos, a família se transferiu para Mossoró, onde ela fez o curso primário, o ginásio e, por fim, cursou o científico, concluído em 1967. Trabalhava durante o dia, na Cooperativa de Consumo Popular, para estudar à noite. Em 1966, um ano antes da formatura, se apaixonou e iniciou namoro com um bancário, Luiz Alves Neto, emprego fixo no Banco do Brasil. Dava para se casar, e assim o fizeram, em 1968. Parou de trabalhar fora de casa, dedicando-se à atividade de costureira. A vida seguia sem sobressaltos, casa popular comprada pelo financiamento do Fundo de Habitação Popular do Estado de Pernambuco (FUNDHAP), louça e mobília.
Certo dia, em 1969, Luiz chamou-a para uma conversa séria. Precisavam deixar a cidade, onde ele se sentia mal visto. Anatália questionou, quis entender melhor a decisão da transferência repentina. Neto, porém, só revelou suas ligações com o PCBR e seu papel de liderança nas Ligas Camponesas na noite do embarque. Por decisão do partido, daquele dia em diante iriam para Pernambuco. Anatália vivia seu amor pelo marido e seguiu à risca as suas orientações. Ficou na casa dos pais o tempo suficiente para vender louça e mobília – com o que arrebanhou pouco mais de “um mil cruzeiros novos” – e esperou o aviso de seguir viagem ao encontro de Luiz.
Dez dias depois recebeu uma carta do marido, dizendo que estava à sua espera em Natal. Ela embarcou às seis da manhã e juntos seguiram para Pernambuco. Era dezembro de 1969 e Anatália partira para uma vida totalmente diferente da rotina pacata de dona de casa, que vivera até então. Agora atendia pelo codinome de “Marina” e dividia um “aparelho” com “Maia”- nome adotado por Luiz, seu marido -, “Alex” e “Adriana”. Anatália havia se transformado, por amor, em uma militante de esquerda. Aos olhos do governo militar de então, numa “terrorista”.
Muitos “aparelhos” depois, o casal foi designado para uma casa próxima ao Esporte Clube do Recife. A máquina de costura foi trocada pela de escrever. Os moldes para as roupas que costurava, por manifestos. Anatália podia não ter formação política, mas seguia à risca as orientações do marido e seu grupo, no enfrentamento ao regime militar. Na luta, foi adquirindo consciência do que se passava à sua volta. A movimentação da casa, sempre com, no mínimo, três moradores, no entanto, chamou a atenção da vizinhança.
No dia 13 de dezembro de 1972, o casal foi preso junto com o militante José Adelino Ramos, o “Lino”, detido em frente ao ponto marcado nas imediações da churrascaria “Gaiola de Ouro”. Os presos foram levados, segundo descrição contida em jornal da época, fornecida pela Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco, para “local desconhecido”. Pode-se imaginar pelo que passaram até serem transferidos para a sede da Secretaria, o DOPS local, em 15 de janeiro de 1973, conforme o prontuário nº 38.216, daquela delegacia. Ali, depois de devidamente fichados e de darem entrada oficialmente como presos sob a custódia do Estado, voltaram a ser barbaramente torturados.
Anatália levava uma bolsa de couro marrom, arrematada por franjas, contendo uma carteira de trabalho falsa e uma identidade também falsa (nº 79.028), em nome de Maria Lucia dos Santos. Tinha, ainda, 20 cruzeiros e trinta centavos, e as chaves de casa.
Tamanho trabalho de “convencimento” os levou, a ela e o marido, a redigir, de próprio punho, depoimentos detalhados confessando suas participações nas atividades do PCBR. Não omitiram nomes, pontos, nada, rendidos pela ação violenta dos agentes e, talvez, por um rasgo de ingenuidade, de acharem que confessando estariam a salvo de novas jornadas de tortura. Luiz Neto escapou. Anatália, no frescor de seus 28 anos, 1,58m, bom corpo, bonita para os padrões da época, foi derrubada em uma cama de campanha, numa das salas da Secretaria, e seviciada até a morte.
PCBR
Prisioneira sofreu sevícia e maus tratos
Seu corpo foi entregue a um perito, que faz no laudo emitido, uma descrição, digamos, “olímpica”, do que viu no cadáver da jovem. O torso com equimoses, o pescoço com um sulco de três centímetros, evidenciando a esganadura e, o pior: suas partes pubianas com queimaduras que se estendiam até a altura inicial da coxa. O laudo descreve também hemorragia interna, nos órgãos do tórax e pulmões e conclui que Anatália morreu em decorrência de asfixia mecânica.
O delegado adjunto, Amauri Leão Brasil, responsável pela presa naquele dia, viu ali uma boa oportunidade de montar uma explicação que, a seu ver, era verossímil. Descreveu a morte da presa como “suicídio”. Aliás, não foram poucos, na época, a serem “suicidados”. Wladimir Herzog, é o mais emblemático deles, seguido do operário Manoel Fiel Filho e tantos outros que se “jogaram” sob carros pelas ruas das principais capitais do país.
Segundo a explicação do adjunto, à imprensa, que cobriu o caso sob censura, a presa teria usado a alça de sua bolsa – curtíssima, por sinal – encontrada presa ao seu pescoço para, em seguida ao pedido feito ao agente Artur Falcão Vizeu, para ir ao banheiro tomar um banho, se matar. O fato se deu às 17h20, no plantão do delegado adjunto. Segundo ele, Anatália foi encontrada morta no banheiro, de onde foi retirada para tentativas de socorro, na presença dos funcionários Genival Ferreira da Silva e Hamilton Alexandrino dos Santos, mas já estava morta.
Em uma das fotos feitas pela perícia no local, e contida no seu dossiê, a militante aparece de corpo inteiro, e há a seguinte legenda: “O cadáver jazia sobre uma cama de campanha, que se encontrava no interior do local em que funciona a Secção do Comissariado da Delegacia de Segurança Social da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de Pernambuco”. Ou seja, muito próximo ao poder do Estado. Em dependências vizinhas à sala do delegado de plantão, e não no banheiro, conforme descreveu o Dr. Delegado.
PCBR
Foto mostra marcas de esganadura
Difícil, hoje, pela exaustiva quantidade de relatos de ex-presos, acreditar que durante sessões de tortura houvesse banho ou qualquer benesse desse tipo concedida aos presos. Ademais, o tempo, (20 minutos, descrito pelo carcereiro) não teria sido suficiente para criar a situação que a levou a falecer naquelas circunstâncias. Seu cadáver não estava atado a ponto nenhum, quando foi encontrado. E custa crer que alguém possa ter usado apenas as mãos para manter o laço da alça da bolsa retesado até alcançar a própria morte.
Observando-se uma das fotos tiradas pela perícia, e preservadas entre a documentação do Arquivo Estadual de Pernambuco, vê-se Anatália em posição de defesa, com uma das mãos à frente do corpo e a outra como quem afasta o agressor ou tenta se apoiar na parede. As fotos da região pubiana, porém, não deixam dúvidas. Ali se cometeu do modo mais literal e cruel a chamada “queima de arquivo”. Sua calcinha está descida e atearam fogo às suas partes genitais, numa tentativa grotesca de apagar os vestígios da prática mais comum entre os torturadores, contra as mulheres, na época: o estupro.
Para os responsáveis pela prisão e guarda de Anatália, pouco importou que ela já tivesse fornecido e detalhado todas as informações que eles queriam lhe arrancar. Anatália pagou com a vida o preço de ser mulher, jovem, bonita e, “subversiva”, como o aparato policial classificava os militantes de esquerda.
No dia 23 de janeiro daquele ano, poucos dias depois do fato, o delegado titular, Redivaldo Oliveira Acioly, corroborou a versão de suicídio engendrada pelo colega Amaruri Leão Brasil, enviando à 7º Circunscrição Juduciária Militar um ofício comunicando o “suicídio” da “subversiva” Anatália Melo Alves, vulgo “Marina”, e dando o caso por encerrado.
Luiz Alvez Neto cumpriu pena e foi anistiado. Anatália é nome de escola em Mossoró, e um prontuário amarelecido guardado no Arquivo Estadual de Pernambuco. Lá permanecem, ainda hoje, a sua bolsa de couro marrom, os documentos com nome falso de Maria Lucia dos Santos e as chaves da casa para onde ela jamais voltou.
Gota d’água
Em setembro de 1967, quando o Partido Comunista Brasileiro (PCB) perpetrou a expulsão de um dos seus mais importantes quadros, Carlos Marighella, outros nomes de peso do partido, tais como Jacob Gorender, Apolônio de Carvalho e Mário Alves, decidiram que era hora de empreender um rompimento e fundar um novo partido.
De uma reunião em Niterói, com a presença de trinta membros, entre eles Flávio Koutizii, do Rio Grande do Sul, Hélcio Pereira Fortes, de Minas e Bruno Maranhão, de Pernambuco, saiu o núcleo de fundadores do PCBR. As conversas entre os insatisfeitos com o PCB continuaram e geraram uma fragmentação ainda maior, que deram origem ao PCdoB e à ALN, bem como outras dissidências.
Depois de inúmeras discussões que envolveram Maurício Grabois, João Amazonas e demais líderes, em um encontro acontecido em 17 de abril de 1968, num sítio fluminense, situado na Serra da Mantiqueira, a assembleia fundadora do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) se reuniu para montar o programa do partido. Estiveram presentes cerca de 25 pessoas, entre ex-membros do Comitê Central do PCB e delegados de base de vários Estados. O programa, um texto eclético, se baseou no esboço redigido por Mário Alves que condensou o pensamento das variadas tendências em vigar na época. Sua tentativa foi a de enlaçar a tradição doutrinária marxista, à pressão avassaladora pela luta armada imediata. Sua meta era a revolução popular, destinada a destruir o estado burguês e a conquista de um governo popular revolucionário.
Desde abril de1969, o PCBR se ocupou com operações armadas urbanas, essencialmente voltadas para a propaganda revolucionária. O acirramento da repressão no segundo semestre daquele ano obrigou o partido a reforçar sua clandestinidade e lançar operações mais ousadas. No primeiro assalto a banco feito pelo PCBR no Rio, teve início uma série de prisões que atingiram o Comitê Central, levando centenas de militantes para os porões da repressão. Segundo levantamento feito pelo “Brasil: Nunca Mais”, houve 31 processos referentes ao PCBR, somando 400 cidadãos atingidos como réus ou como indiciados nos inquéritos. (O episódio de criação do PCBR está bastante detalhado no livro de Jacob Gorender, Combate nas Trevas, da Editora Ática)
As Ligas Camponesas
Originalmente surgidas com a organização dos camponeses na Europa durante a Idade Média, no Brasil, as ligas camponesas são conhecidas como a associação de trabalhadores rurais que se iniciou no Engenho Galiléia, no Estado de Pernambuco, em 1955, a partir da reivindicação de caixões para os camponeses mortos.
PCBR
O deputado e advogado Francisco Julião
O movimento ganhou força com a liderança do advogado e deputado pelo Partido Socialista, Francisco Julião, e teve amplitude nacional, empunhando a bandeira pelos direitos à terra e em defesa da Reforma Agrária. Julião aglutinou o movimento em torno do seu nome, conseguindo reunir idealistas, estudantes, alguns intelectuais e projetando-se como presidente de honra das Ligas Camponesas.
As primeiras Ligas surgiram no Brasil, em 1945, logo após a redemocratização do país depois da ditadura do presidente Getúlio Vargas. Primeiro, sob a iniciativa e direção do recém-legalizado Partido Comunista Brasileiro (PCB), quando camponeses e trabalhadores rurais se organizaram criando ligas e associações rurais em quase todos os estados do país.
Em 1948, no entanto, com a proscrição do PCB as organizações de trabalhadores no Brasil enfrentaram muita dificuldade para manter a mobilização. Entre 1948 e 1954, eram poucas as organizações camponesas que funcionavam e raríssimas as que ainda conservavam o nome de Liga, como a Liga Camponesa da Iputinga, dirigida por José dos Prazeres, um dos líderes do movimento em Pernambuco e localizada no bairro do mesmo nome, na zona oeste da cidade do Recife.
Em janeiro de 1955, com a criação da Sociedade Agrícola de Plantadores e Pecuaristas de Pernambuco, a SAPP, localizada no Engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão, (PE) houve o ressurgimento das Ligas Camponesas no Nordeste. A esta altura, as ligas deixaram de ser organizações e passaram a ser um movimento agrário, que contagiou um grande contingente de trabalhadores rurais e também urbanos.
Em agosto de 1955, realizou-se no Recife, o Congresso de Salvação do Nordeste, que teve grande importância para o movimento camponês, uma vez que foi a primeira vez no Brasil, que mais de duas mil pessoas, entre autoridades, parlamentares, representantes da indústria, do comércio, de sindicatos, das Ligas Camponesas, profissionais liberais e estudantes, reuniram-se para discutir abertamente os principais problemas socioeconômicos da região.
A Comissão de Política da Terra era composta por mais de 200 delegados, em sua maioria, camponeses representantes das Ligas.
As Ligas Camponesas expandiram-se para diversos municípios de Pernambuco e também para outros estados brasileiros: na Paraíba, onde o núcleo de Sapé foi um dos mais expressivos e importantes, chegou a congregar mais de dez mil membros. Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro (na época, estado da Guanabara); Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Acre e também no Distrito Federal, Brasília, foram outros pontos onde as Ligas tiveram papel de destaque em defesa dos trabalhadores rurais.
Em 1962, foi criado o jornal A Liga, veículo de divulgação do movimento. Com a aprovação do Estatuto do Trabalhador Rural, nesse mesmo ano, muitas Ligas transformaram-se em sindicatos rurais.
No final de 1963 o movimento estava concentrado nos estados de Pernambuco e Paraíba e o seu apogeu como organização ocorreu no início de 1964, quando foi criada a Federação das Ligas Camponesas de Pernambuco, da qual faziam parte 40 organizações, com cerca de 40 mil filiados no Estado.
Na Paraíba, Rio Grande do Norte, Acre e Distrito Federal (Brasília), onde ainda funcionava o movimento, o número de filiados era de aproximadamente 30 mil, congregando assim as Ligas Camponesas entre 70 e 80 mil pessoas na época.
Com o golpe militar de 1964, o movimento foi desarticulado, proscrito, sendo seu principal líder preso e exilado. O movimento funcionou ainda durante algum tempo, através da Organização Política Clandestina, que possuía uma direção nacional formada por assalariados rurais e camponeses, que se infiltraram em sindicatos agrícolas, passando a ajudar presos e perseguidos políticos.
Denise Assis é jornalista e escritora.

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9 Comentários para“Memória da ditadura – Exclusivo: Dossiê aponta sevícias e assassinato de militante do PCBR”

  1. Sergio Caldieri
    Anatália, uma triste história do fascismo brasileiro. O lugar de cão de guarda de burguês é no xadrez.
  2. ricardo
    para quem serve a nossa procuradoria? e a Dilma? ela nao foi torturada tambem? estamos muito longe da democracia. A ignorancia politica aqui evidenciada da testemunha deste fato… e nos damos o direito de criticar USA, Europa e outros paises por suas politicas inhumanas. Hipocresia!
  3. Elias
    Crueldade. A excelente reportagem dispensa comentários.
  4. Esquerda Crítica
    Uma pequena correção de caráter histórico nesse artigo, em si excelente, de resgate da memória. O PCdoB nasceu, não em 1967, mas em 1962, como cisão do PCB.
  5. Mario Marcelino
    A veracidade dos fatos virão à tona, e num futuro próximo os culpados serão punidos exemplarmente,pois a Comissão da Verdade não será impune. A nossa presidenta está empenhada na conclusão desses desfechos, e em breve esses carrascos “do golpe de 64″ estarão na cadeia.
  6. Eugênio José Alati
    Salve o Lula!
    Os socialistas, comunistas, esquerdistas e todas as sub-espécimes do mesmo gênero, não se cansam de defender aquilo que se arrogam deter como sendo a síntese de uma utopia! Porém, todas as vezes que chegaram realmente ao poder percorreram o mesmo caminho: 1º, iludiram o proletariado ou o cidadão comum com a promessa de que seria ele que governaria a nação! 2º, de posse do poder, substituíram o proletariado ou o cidadão comum pelo partido comunista! 3º, em seguida, substituíram o partido pelo comitê central; e 4º, por último, substituíram o comitê central por um só líder!
    Foi exatamente isto que aconteceu como PT! 1º, era um partido do povo! 2º, de posse do poder substituíram o povo pelo partido e 3º, substituíram o partido pelo Lula! Comprovando esta lógica estúpida, 1º, o Lula escolheu pessoalmente a Dilma sem levar em consideração a vontade do partido! 2º, escolheu Fernandinho Haddidas como candidato à Prefeitura de São Paulo ignorando totalmente outras aspirações! 3º, vem impondo sua vontade na escolha de candidatos à prefeituras de outras cidades! Em resumo, ninguém no PT ousa tomar qualquer atitude sem a sua aprovação! “Que beleza, mas que beleza”, como diria um conhecido locutor esportivo!
    Enfim, o PT deixou de ser um partido e se transformou num instrumento político para um só homem impor sua vontade! O mais surpreendente, neste contexto por si só autoritário, impositivo e sem liberdade de escolha, é que a grande maioria de seus vassalos concorda com este método grosseiro que contradiz os mínimos resquícios de inteligência!
    Pior ainda! A parcela mais atuante (Blogs, Portais, Sites, Revistas “chapas brancas” ou instituições como a UNE) parece que o glorificou como se ele detivesse o dom da infalibilidade e de que dominasse um raciocínio muito acima do cidadão comum! Enfim, passaram tratá-lo como se fosse um novo “Führer”, o único capaz de guiar a nação e que está disposto a impedir que qualquer outro assuma a presidência da República! Igualzinho aos militares que comenteram tantas barbaridades como esta em referência!
    O mais surpreendente, é que os jornalistas pelegos exercem à exaustão a sua liberdade de imprensa mas, por outro lado condenando exarcebadamente a mesma liberdade da imprensa que faz oposição ao governo (que apelidaram de PiG), como se a liberdade de imprensa fosse um direito exclusivo de uma mídia esquerdista, revoltada e despeitada (mais conhecida como MERD) com tendências ditatoriais!
    Como os xiitas, sunitas, outras facções bárbaras, acreditam piamente que são os donos da verdade, que um determinismo histórico está ao seu lado e que prevalecerá um II Império de mil anos do PT! Salve o Lula!
    Att. Eugênio José Alati
    Em tempo: não esqueçam de saudarem o Lula com o braço direito levantado!
  7. jorge
    Tanto a “reportagem” quanto os “comentários” espelham o que somos enquanto povo “politizado”. Tudo nos escapa, nada conhecemos e estamos indo a lugar nenhum. O autor apenas exercita uma crônica. Os comentaristas refletem o que pensam dominar. Ainda não saímos da caverna platônica. De concreto mesmo, apenas os ossos misturados à terra.
  8. jorge
    Caro EJ Alati.
    Faltou colocar no Panteão da tua “crônica” alguns e muitos outros mitos tais como: Judas, Barrabás, Jesus, Sidharta, Bahaulá, Cabo Anselmo, Jânio, Napoleão, Stalin, IL Duce, Roosevelt, ERoover, Perón, Somoza, Gregos, Romanos, a Rota, o poder, o pudor, o despudor, as misérias física, moral, financeira, o salário mínimo, os que irão nascer depois de nós.
    Ah, Late!! Como é fácil construir uma lenda “estórica”!! Poucos são os que acompanham a Caravana dos fatos e tem um distanciamento capaz de entender o que se passa. Só o que nos chega é o acuar das feras.
    Ah, Lati!! Raiva mata
  9. conceição araujo
    EU NEM PERCO MEU TEMPO COMENTANDO ESSA HISTÓRIA. O CONTEXTO AGORA É OUTRO: TRAFICANTES, ESTELONATÁRIOS, CONTRAVENTORES ( TODOS MILIONÁRIOS, BEM POSTADOS NA SOCIEDADE, MANDANDO E DESMANDANDO NO PAÍS. QUEM COMETE UM CRIME DE USURPAÇÃO DE VERBAS PÚBLICAS É PIOR DO QUE UM TORTURADOR DA DITADURA. ESSE PAÍS MISERÁVEL NÃO TEM MAIS CÉREBRO PRA FAZER UMA REVOLUÇÃO, ESTÃO TODOS DROGADOS SEM EIRA NEM BEIRA E NEM FOCINHEIRA. OS QUE AINDA TEM UM POUCO DE NEURÔNIOS, ESTÃO USANDO PARA ENCOBRIR CRIMES COMO O DA FERNANDA LAJES NO PIAUI, DO MENSALÃO E DO CACHOEIRA EM BRASÍLIA, ESTÃO TENTANTO SE PROTEGER DELES MESMOS. ISSO É O QUE EU CHAMO DE CAMINHO DO INFERNO. ENQUANTO A COCAÍNA DESMANCHA O PAU DA VENTA DOS RICOS, O CRACK, DESMANCHA OS NEURÔNIOS DOS POBRES E O GOVERNOS, TIPO O NOSSO, NO PIAUI, GASTA O DINHEIRO DA DILMA, NÃO PRA DESTRUIR TRAFICANTE, MAS PRA PERSONALIZAR CAMISETINHA. VÃO FAZENDO PROPAGANDA, VÃO…………………….


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